Trabalho escravo, exploração sexual e mendicidade. Será para estes fins que estarão a ser usadas 10 mil crianças refugiadas, de países como a Síria ou a Eritreia, que desapareceram assim que chegaram à Europa. Vinham sozinhas, sem acompanhamento de adultos, e poderão ter sido presas fáceis para as redes de traficantes que raptam menores. O alerta foi dado pelo coordenador europeu da Europol, Brian Donald, em declarações ao Observer.

Ultimamente se tem acompanhando a triste realidade enfrentada pelos imigrantes que tentam buscar um recomeço em países da Europa. São famílias obrigadas a deixar seu próprio país para fugirem de guerras, desastres naturais ou até mesmo procurar uma vida melhor. Elas lutam por apenas um ideal ter um lugar adequado para criar seus filhos, trabalhar e viver ou seja procuram uma qualidade de vida que muitas vezes elas não encontram em seus países de origem.

A plataforma, que conta com mais de 2,5 milhões de membros registados na União Europeia, tem como objetivo salvar a vida da criança quando ela é dada como desaparecida, raptada ou vítima de tráfico dentro do espaço europeu, através da partilha de informações.

A Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data) registrou 15 desaparecimentos nas primeiras semanas de 2016, sendo que já localizou oito desses jovens. Em 2015 foram registrados 397 desaparecimentos, dos quais 367 foram localizados e 30 continuam desaparecidos. Do total de crianças e adolescentes que sumiram no ano passado, 305 são meninas, a maioria acima de 12 anos, e 92 são meninos, na mesma faixa etária. O maior número de registros ocorreu em janeiro.

Segundo os dados do Disque Denúncia, 34 crianças, de 0 a 12 anos, desapareceram no Maranhão desde o ano de 2008 até os primeiros 15 dias deste ano. Desse montante somente 50% foram encontradas. Aproximadamente 17 menores continuam desaparecidos. Uma dessas vítimas é Ícaro Ferreira Rodrigues, que sumiu no dia 4 de setembro de 2008,. quando tinha apenas dois meses de nascido.